segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

JORNAL DE NOTICIAS – UTENTES DEVEM TER NO MÁXIMO UM TRANSBORDO

Há situações que não podem ser resolvidas através de interfaces. Numa deslocação casa-trabalho, temos que contar com todos os meios de deslocação, incluindo o percurso que se faz, a pé, entre a habitação e a paragem. Obrigar os utentes a fazer mais do que uma correspondência é de tal forma penalizador que é dissuasor da utilização dos transportes públicos. Às vezes, as empresas apostam nas correspondências porque têm os seu clientes cativos. Mas não se podem fazer redes com base em clientes cativos. No máximo, deve haver uma correspondência. Que deve ser eficaz. Por exemplo, o rebatimento na Senhora da Hora, onde o metro tem uma frequência elevada, é bom. Mas se o rebatimento for numa estação da CP, em que não há comboios com frequência, isso afasta as pessoas.
Jornal de Noticias

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

CARTA À EXMA. SRA. GOVERNADORA CIVIL DO PORTO - NOVA REDE DA STCP DE 1 DE JANEIRO DE 2007

JORNALISMO PORTO NET – STCP: MARCHA LENTA TRANSFORMADA EM "PASSEIO" DE PROTESTO

Governo Civil não autorizou "manifestação ilegal". Movimento de Utentes acusa governadora civil de "má fé".

O que estava previsto ser uma marcha lenta que ocupasse uma rodovia da Praça da Liberdade até ao Governo Civil do Porto tornou-se num "passeio" de protesto relativamente calmo se comparado com as últimas manifestações contra a nova rede da STCP.

Não terão sido mais de 150 pessoas a fazer o percurso a pé até ao Governo Civil, onde foi entregue uma carta à governadora Isabel Oneto, menos do que em protestos anteriores. No documento, assinado pelo Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT), diz-se, porém, que o "descontentamento e a indignação não param de aumentar".
Em causa estão as alterações à rede da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), que, acusa o MUT, aumentou o número de transbordos e os tempos de espera, eliminou carreiras ao fim-de-semana, e fez dos habitantes nos concelhos vizinhos do Porto "cidadãos de segunda", já que suprimiu percursos directos até ao centro do Porto.

Três responsáveis do MUT foram identificados pela PSP. O Governo Civil não autorizou a marcha lenta porque não foram cumpridos o prazo fixado por lei (48 horas) para o pedido de realização do protesto. "Estou completamente disponível para o diálogo, mas não dou cobertura a manifestações ilegais", salientou a Isabel Oneto aos jornalistas.

Em resposta, os utentes fizeram antes um "passeio", que só saiu do passeio já na Rua Gonçalo Cristóvão, junto do Governo Civil. Carlos Pinto, da direcção do MUT, acusa a entidade de tomar partido e de "má fé" perante o "pequeno lapso" que originou o incumprimento dos prazos legais por parte do movimento.
O movimento volta a reunir com a administração da STCP na próxima segunda-feira e pondera fazer queixa ao Provedor de Justiça Europeu se o Executivo não tomar posição pública sobre a remodelação da rede de autocarros do Porto.

http://jpn.icicom.up.pt/2007/01/19/stcp_marcha_lenta_transformada_em_passeio_de_protesto.html

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

CURT - PROMOVE 3 CONCENTRAÇÕES EM RIO TINTO PARA O MESMO DIA






JORNALISMO PORTO NET - STCP: UTENTES MARCHAM ATÉ AO GOVERNO CIVIL

MUT vai entregar uma carta a pedir ao Governo que tome uma posição pública sobre a mudança na rede de autocarros.

Os utentes da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) voltam amanhã aos protestos para pedir ao Governo uma posição pública sobre a remodelação da rede de autocarros da cidade. A partir das 17h30, parte uma marcha lenta da Praça da Liberdade, no Porto, com destino ao Governo Civil.
O objectivo é "entregar, no Governo Civil, uma carta solicitando à senhora Governadora e ao Ministério das Obras Públicas que tomem uma posição pública relativamente à remodelação da STCP".

Em comunicado, o Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT) recorda as razões dos protestos que têm agitado várias localidades do Grande Porto: "autocarros que já não servem determinadas comunidades, transbordos necessários onde não havia, longos tempos de espera nas paragens, falta de conforto das mesmas, autocarros sistematicamente lotados".
Em suma, "são muitos os utentes prejudicados por uma mudança brusca e feita nas costas dos visados". "Será este o transporte público de que a região necessita?", questiona o MUT.
Apesar das alterações já implementadas pela STCP, o movimento continua a exigir a suspensão total da nova rede de autocarros, em vigor desde 1 de Janeiro, que eliminou 44 linhas e criou outras 30.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

JORNALISMO PORTO NET – STCP: NOVO PROTESTO OBRIGA À INTERVENÇÃO DA PSP

Utentes bloqueiam trânsito na Rua dos Clérigos. Movimento inflexível perante mudanças feitas pela empresa: "Dar um doce às pessoas não chega".
Quase duas semanas depois da entrada em vigor da última fase da nova rede da STCP, os protestos voltaram hoje a bloquear parte da Baixa do Porto em plena hora de ponta.
Eram 17h30 quando cerca de 150 pessoas cortaram o trânsito na Rua dos Clérigos. A acção de protesto obrigou à acção do Corpo de Intervenção da PSP que restabeleceria a circulação automóvel pelas 19h.
A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto já procedeu a várias mudanças exigidas pelos utentes, mas para os contestatários é o tudo ou nada. As alterações limitaram-se a "minimizar os problemas", justificou o coordenador do Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT-AMP), Norberto Alves. As críticas focam-se agora na questão dos transbordos.
"Dar um doce às pessoas não chega", disse Norberto Alves, lamentando a ausência de utentes do bairro da Pasteleira, para onde a STCP anunciou soluções para o serviço nocturno. Para o representante dos utentes, a táctica de repetidos protestos até que a rede anterior seja reposta não levará a uma perda de força do movimento.
Protestos surpresa
O objectivo é a suspensão total do novo modelo, que eliminou 44 linhas de autocarros e criou outras 30. O MUT-AMP admite avançar para a Comissão Europeia, depois de solicitações, infrutíferas até ao momento, às autarquias e ao Governo. Falta também saber se e quando a Assembleia da República vai discutir o assunto, depois de entregue uma petição com 6.500 assinaturas.
Norberto Alves avisou que os protestos vão passar a não ser avisados, para evitar que a STCP altere as rotas dos autocarros de forma a evitar bloqueios. Há já protestos anunciados para amanhã, em Rio Tinto, Maia e Lavra.

http://jpn.icicom.up.pt/2007/01/12/stcp_novo_protesto_obriga_a_intervencao_da_psp.html

CURT - MARCHA LENTA


MANIFESTAÇÃO NO LARGO DOS LOIOS


terça-feira, 9 de janeiro de 2007

JORNALISMO PORTO NET – STCP INTERVÉM EM "PONTOS CRÍTICOS"

Porto, Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e Gaia com oferta reforçada.
A STCP anunciou ontem aumentos na oferta do serviço nos concelhos do Porto, Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e Gaia. Apesar dos ajustamentos, a que somam outros já anunciados, os utentes não desistem dos protestos e agendaram já nova manifestação contra a nova rede de autocarros.
No Porto, a STCP diz, em comunicado emitido ao início da noite, terem sido encontradas "soluções para o serviço nocturno da zona da Pasteleira, para o serviço de fim de semana das linhas 300 e 301 e para a acessibilidade do Bairro de Santo Eugénio, todas a implementar a muito curto prazo".
Em Matosinhos, será ajustada a oferta na linha ZA/Lavra, e continuam a decorrer reuniões com as principais empresas localizadas junto à Via Norte, para "estudo de soluções específicas de reforço da sua acessibilidade".
Na Maia, será assegurada a cobertura de Ardegães e retomado o percurso anterior em Vila Nova da Telha. Falta definir ainda a solução para Vermoim, Rua do Cavaco.
No concelho de Valongo, ficou coberto, a partir de sábado passado, o serviço de fim de semana da linha 705, tendo sido definido também o serviço de fim de semana da linha 703 a Sonhos.
No concelho de Gondomar, será antecipado para as 5h30 o início da linha 803, a partir de 11 de Janeiro. Nessa mesma data, será alargado o horário da linha 806 para as 0h45m e reforçado o serviço da carreira. "Vão ainda ser verificados os tempos de percurso entre Rio Tinto e Bolhão, com a linha 55, e entre Rio Tinto e Fernão de Magalhães (Loja do Cidadão)".
Em Vila Nova de Gaia, "foi decidido reforçar o serviço a Vila d'Este na ponta da manhã, em resposta à procura expressiva que tem vindo a registar".
Foram ainda decididos "reforços de oferta" nos corredores do Amial, Monte dos Burgos e Fernão de Magalhães, no Porto, e na Avenida Afonso Henriques, anunciou a STCP.

JORNALISMO PORTO NET – UTENTES NÃO DESISTEM DA LUTA ATÉ QUE STCP REPONHA ANTIGA REDE

Movimento de utentes convoca nova manifestação para sexta-feira, apesar das alterações anunciadas pela empresa.

A luta dos utentes dos autocarros do Grande Porto não deve terminar tão cedo, mesmo depois da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto ter anunciado, ontem à noite, mudanças nas carreiras e reforços da oferta em seis concelhos. Sexta-feira, às 17h30, há nova manifestação, desta vez no Largo dos Lóios, perto dos Clérigos, no Porto.

Os movimentos locais de utentes reuniram ontem para decidir a atitude a tomar depois da audiência infrutífera com a administração da STCP. Hoje, em conferência de imprensa no Largo dos Lóios, anunciaram a próxima manifestação e prometeram que as "acções de protesto vão continuar" até que a actual rede seja suspensa. E admitem avançar para instâncias europeias em defesa do "transporte público de passageiros".

"O modelo não foi bem planeado. Não houve a preocupação de ouvir a parte mais importante do processo – os utentes", criticou Norberto Alves, coordenador do Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT-AMP).

Os ajustamentos que a STCP tem vindo a implementar são uma mera forma de "minimizar os problemas", denunciou o membro do movimento, que considera que o aumento do número de transbordos em muitos percursos não foi ainda corrigido.

Já foi entregue na Assembleia da República um abaixo-assinado com 6.500 assinaturas. As petições são apreciadas em Plenário no Parlamento sempre que sejam subscritas por mais de 4.000 cidadãos. "A luta também passa por exigir que o Governo se pronuncie junto da opinião público [sobre o assunto]", referiu Norberto Alves, em consonância com o que o PCP também defende.

O MUT-AMP queixa-se de que a nova rede, que eliminou 44 linhas de autocarros e criou outras 30, prejudica a maioria dos utentes, por ser menos abrangente, implicar um maior número de transbordos para um mesmo percurso (o que aumenta o tempo de espera), ter reduzido o número de carreiras e a frequência dos autocarros e suprimido várias linhas ao fins-de-semana.
Dizem ainda que a campanha pública de informação sobre a nova rede foi "desastrosa", já que começou apenas na segunda quinzena de Dezembro.

http://jpn.icicom.up.pt/2007/01/09/utentes_nao_desistem_da_luta_ate_que_stcp_reponha_antiga_rede.html

STCP: DO SERVIÇO PÚBLICO À FALTA DE SERVIÇO



segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

MUSP - COMUNICADO DO GRUPO PERMANENTE


JORNALISMO PORTO NET – PCP: GOVERNO NÃO PODE IGNORAR PROBLEMAS NA NOVA REDE DA STCP

PS e BE confiantes na resolução dos problemas, após reunião com empresa. Dia fica marcado por protestos em Leça do Balio.

O PCP quer que o Governo intervenha para corrigir o que considera ser a "clara e acentuada degradação" do serviço prestado pela Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP).
O deputado comunista Honório Novo vai reunir na próxima segunda-feira com a administração da empresa, depois de ter ouvido, hoje, as reivindicações do Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT-AMP).

"O Governo não pode assobiar para o ar e atirar a resposta para o Conselho de Administração [da STCP]", afirmou Honório Novo ao JPN, depois da reunião com o movimento.
O deputado eleito pelo círculo do Porto e vereador na Câmara de Matosinhos viu "sem surpresa" os vários protestos da população contra a implementação da fase final da Nova Rede, em vigor desde 1 de Janeiro.

A diminuição da frequência em muitos trajectos aliada ao aumento do número de transbordos levou a um aumento do tempo em 50% gasto em transportes, denuncia.
Se se somar a isso, a redução das carreiras aos fins-de-semana, está-se perante, no entender do comunista, a uma mudança "inaceitável" e "economicista" numa empresa de serviço público. Problemas "evidentes" e "notórios" que devem ser resolvidos imediatamente, sem esperar pelo fim do período experimental de seis meses estabelecido pela STCP.
Para Honório Novo, os ajustes em alguns pontos da rede já anunciados pela STCP são meras "declarações de intenção". "Não nos tranquilizam", afirma. "Queremos compromissos e decisões rápidas para que sejam resolvidos muitos dos problemas da nova rede".

PS e BE confiantes
Delegações do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda (BE) reuniram hoje com a administração da STCP. "Encontrei uma administração receptiva a sugestões e muito empenhada em resolver os problemas", afirmou o deputado socialista Fernando Jesus à Lusa. "Muitas das reivindicações dos utentes estão a ser tratadas e algumas até já foram resolvidas".
Já Alda Macedo, deputada do BE, disse à Lusa que a nova rede tem "falhas graves que é necessário corrigir", mas frisou que a administração da empresa "manifestou abertura para promover acertos nas linhas [de autocarros] com mais problemas".

Protesto em Leça do Balio
Os protestos voltaram hoje às ruas do Grande Porto. Em Leça do Balio, Matosinhos, dezenas de populares bloquearam esta tarde a passagem de um autocarro da STCP, segundo contou à Lusa fonte no local. O protesto obrigou ao corte do trânsito na Rua dos Bombeiros Voluntários.
Na origem da acção está a alteração de percurso de uma linha de autocarros, que agora termina em Araújo, deixando de seguir até à Maia, como acontecia na anterior rede. De acordo com a mesma fonte, a nova linha já não serve o cemitério e o Centro de Saúde de Leça do Balio.
Os movimentos locais de utentes reúnem hoje para decidir a atitude a tomar depois da audiência infrutífera com a administração da STCP. As decisões serão anunciadas em conferência de imprensa, amanhã, no Porto.

http://jpn.icicom.up.pt/2007/01/08/pcp_governo_nao_pode_ignorar_problemas_na_nova_rede_da_stcp.html_rede_da_stcp.html

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

PCP SAÚDA A LUTA DOS UTENTES DA STCP E DENUNCIA AS CONSEQUÊNCIAS ANTI-SOCIAIS DO ACTUAL PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO DA REDE DE TRANSPORTES NA AMP


Gentilmente enviado pela Organização Regional do Porto do PCP.

JORNALISMO PORTO NET – UTENTES DOS STCP PREPARAM NOVAS FORMAS DE LUTA

Movimento de Utentes promete novos protestos para o fim-de-semana e quer conhecer posição dos partidos com assento parlamentar.
Depois das fortes manifestações de ontem (o quarto dia consecutivo de protestos), que bloquearam o trânsito na Avenida dos Aliados (na foto), na Pasteleira e na Maia, e da reunião inconclusiva com a administração da STCP, os utentes dos transportes do Porto preparam novas formas de luta.
O dia de hoje é para balanço e "troca de impressões", depois da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto ter dito ontem ao Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT-AMP) que o conceito global da nova rede é para manter, admitindo apenas alguns ajustes.
Por isso, o MUT-AMP apela a que não haja manifestações durante o dia de hoje. Mas os protestos devem regressar amanhã e domingo, afirmou ao JPN, Carlos Pinto, do movimento.
O membro do MUT-AMP reitera a exigência da suspensão total da nova rede, que entrou em vigor a 1 de Janeiro, até que entre em funções a Autoridade Metropolitana de Transportes da região. Os utentes queixam-se de demorarem mais tempo a chegar aos seus destinos e de terem de fazer mais transbordos.
O abaixo-assinado que o MUT-AMP quer levar à Assembleia da República conta com cerca de 7 mil assinaturas, segundo Carlos Pinto. O documento poderá ser entregue aquando da próxima reunião com a STCP, dentro de um mês.
O movimento quer conhecer a posição dos partidos com assento parlamentar sobre o assunto na próxima semana e está, por isso, envolvido numa ronda de contactos.
Na próxima segunda-feira, os vários movimentos de utentes locais dos transportes da área metropolitana do Porto vão reunir para traçar novas formas de luta, que serão apresentadas terça-feira.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

JORNALISMO PORTO NET – CENTENAS PARALISAM ALIADOS CONTRA MUDANÇAS NA REDE DA STCP

Utentes prometem novos protestos se a actual rede não for suspensa até à entrada em funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes.
Centenas de pessoas forçaram o corte do trânsito em quase toda a Avenida dos Aliados num novo protesto para exigir a suspensão a nova rede da STCP. Três autocarros foram impedidos de circular nos semáforos junto ao edifício da Caixa Geral de Depósitos por muitos populares, que gritavam e empunhavam cartazes contra a diminuição da frequência e do número de autocarros.
A manifestação começou às 17h e terminou pelas 18h30, com os representantes do Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT-AMP) a dirigirem-se à sede da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto para uma reunião com a administração.
A agência Lusa conta que houve também outros protestos em diferentes pontos da zona da Pasteleira, com 100 pessoas a bloquear a passagem de quatro autocarros.
Nos Aliados, o protesto chegou a sair do controlo da polícia durante alguns minutos, logo no início da acção. Dezenas de pessoas ocuparam uma das vias da avenida, dificultando a passagem dos carros.
"Novas manifestações"
Apesar da empresa admitir "eventuais alterações" na rede, que entrou em funcionamento a 1 de Janeiro, Norberto Alves, da direcção do movimento, anunciou "novas manifestações" se a anterior configuração das linhas e horários não for resposta.
Também Carlos Pinto afirmou ao JPN partir para a reunião com a STCP "sem grandes esperanças". "Há que ouvir primeiro a rua. Os utilizadores não são clientes", defendeu o membro do MUT-AMP.
Para Norberto Alves, a mudança na rede foi feita "à pressa" e devia ter esperado pela entrada em funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes da região. "Se não, não faz sentido esse organismo entrar em funções", apontou, apelando à empresa e ao Governo que dialoguem com os utentes.
O reforço do número de autocarros em quatro linhas (600, 905, 402 e 305) em que se registaram situações de falta de capacidade é apenas um "processo cosmético", criticou.
Entre os muitos idosos presentes na manifestação, António Bessa, 67 anos, morador no Carvalhido, disse estar "totalmente" solidário com o protesto. "As pessoas estão perturbadas e o resultado é este", observou ao JPN.
Leonor Poças, 35 anos, queixou-se de demorar duas horas e apanhar dois autocarros para fazer o percurso entre casa, na Maia, e o trabalho, em Gaia. Com a rede anterior, demorava metade do tempo e apanhava apenas um autocarro.

JORNALISMO PORTO NET – STCP REFORÇA QUATRO LINHAS DEPOIS DOS PROTESTOS

Movimento de utentes reúne com administração da STCP, mas mantém manifestação marcada para a Avenida dos Aliados. Depois de vários protestos dos utentes contra as mudanças nas linhas dos autocarros do Porto, a STCP reforça a partir de hoje o número de autocarros em quatro linhas em que se registaram "situações de falta de capacidade": 600, 905, 402 e 305. Para hoje, às 17h, está marcada uma manifestação na Avenida dos Aliados contra a Nova Rede da STCP. Serão tomadas medidas que permitirão "ultrapassar os problemas identificados, aumentando a frequência, alargando os horários de ponta (em que a oferta é mais intensa) ou colocando em serviço autocarros articulados", afirmou a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) em comunicado emitido ao início da noite de ontem. A empresa garante ainda que "poderá fazer entrar em circulação veículos adicionais nas situações que o Centro de Controlo, na contínua observação da situação em tempo real, considere críticas". Os utentes queixam-se da diminuição da frequência e do número de autocarros e da necessidade de fazer mais transbordos. Durante este mês, a STCP admite ajustar a Nova Rede, "mantendo o clima de diálogo com todos os representantes locais", mas recusa "qualquer tomada precipitada de decisões, fundamentada apenas em comportamentos de alarme, tantas vezes sem fundamento". A administração da STCP reúne hoje, às 19h, com o Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUTAMP) para analisar eventuais alterações na rede, que entrou em funcionamento no primeiro dia do ano. Apesar disso, duas horas mais cedo o movimento organiza um protesto na Avenida dos Aliados. O MUTAMP vai entregar na Assembleia da República um abaixo-assinado, que contava ontem ao final da tarde com seis mil assinaturas, onde se exige a suspensão da nova rede.
http://jpn.icicom.up.pt/2007/01/04/stcp_reforca_quatro_linhas_depois_dos_protestos.html