quarta-feira, 7 de março de 2007

JORNALISMO PORTO NET - UTENTES EXIGEM DEMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA STCP

"É a única solução", diz Carlos Pinto, do Movimento de Utentes, que promoveu uma vigília pouco participada contra a reestruturação da rede de transportes.
O Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT-AMP) exige a demissão da administração da a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), face às alterações insignificantes ao novo modelo implementado pela empresa no início do ano. A única solução é a demissão da administração da STCP, porque as alterações são insignificantes e não nos convencem, afirmou ao JPN Carlos Pinto, do MUT-AMP, que esteve presente numa nova vigília de protesto na Avenida dos Aliados contra a reestruturação da rede de autocarros.
Carlos Pinto acusa ainda a STCP de andar a enganar os utentes com os pequenos reajustamentos que tem vindo a fazer, tentando que isto caía no esquecimento. As críticas estendem-se ainda ao ministro das Obras Públicas e dos Transportes, Mário Lino, por não se ter ainda pronunciado sobre a nova rede de transportes, apesar dos abaixo-assinados enviados pelo MUT-AMP.
O movimento está a elaborar um caderno reivindicativo que vai fazer chegar ao Ministério das Obras Públicas e dos Transportes, à administração da STCP e à Câmara do Porto.
Vigília pouco participada
Não eram mais de quinze os manifestantes que se deslocaram à Avenida dos Aliados depositar um vaso com flores em sinal de protesto pela arrogância do poder político. Os utentes queixam-se sobretudo da supressão ou da diminuição de algumas linhas que alteraram o seu quotidiano, assim como da necessidade de fazer mais transbordos, aumentando, desta forma, os custos das viagens.
É o caso de Maria de Araújo, que se sente muito prejudicada com a extinção das linhas entre Monte dos Burgos e a Maia e Matosinhos. Temos que apanhar dois autocarros e no transbordo ainda tenho que andar a pé uns bons 100 metros, lamenta a senhora, que se deslocou de propósito à Baixa para dar voz à luta.
Ainda a discreta manifestação não tinha começado, mas Guilherme Henriques já colocava o seu vaso do protesto. Vive em Vila Nova de Gaia, vem bastantes vezes ao Hospital de S. João, mas a vida ficou mais complicada com a diminuição da frequência de autocarros. E o metro? Para Guilherme Henriques é caro e não dá jeito.
O objectivo da STCP em potenciar a intermodalidade entre os transportes da cidade, nomeadamente o metro, não consegue satisfazer as necessidades de todos os clientes. A extensão é mínima e, além disso, existe uma grande percentagem de utentes que não se consegue adaptar ao metro, nomeadamente os idosos e os deficientes, porque algumas estações não têm boas condições de acessibilidade, explicou ao JPN Norberto Alves, coordenador do MUT-AMP.
http://jpn.icicom.up.pt/2007/03/07/utentes_exigem_demissao_da_administracao_da_stcp.html

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