sábado, 28 de julho de 2007

JORNAL DE NOTICIAS - NOVA REDE DA STCP "MEXEU" COM 26 PERCURSOS E 16 HORÁRIOS

A STCP registou, no primeiro semestre deste ano, cerca de 55 milhões de validações, com a procura mensal média a atingir as 9,2 milhões de validações. No balanço do primeiro semestre da nova rede, a empresa sublinhou, ontem, que o impacto negativo do metro foi de 15%, contra os esperados 30%. Reconhecendo que os dois primeiros meses foram "difíceis", a STCP revelou que efectuou 26 alterações parciais de percursos e "mexeu" em 16 horários.
Após a apresentação do balanço do primeiro semestre e da análise da Rede de Acesso Fácil, a presidente do Conselho de Administração da empresa, Fernanda Meneses, recordou que "os dois primeiros meses foram especialmente difíceis", pois foram "muitas mudanças ao mesmo tempo".
Perturbações
Fernanda Meneses reconheceu que a nova rede "causou algumas perturbações nos clientes" e que, a partir do segundo mês, começaram a fazer "ajustamentos".
"O que está actualmente em discussão tem a ver com reivindicações antigas, mesmo antes da entrada em funcionamento da nova rede, e respeitante a percursos fora do Porto. Mas aí há problemas com as concessões de carreiras a privados. No Porto, estamos a estudar as ligações da Rua de Álvaro Castelões à Rua de Costa Cabral", referiu.
Numa análise mais global da presidente do Conselho de Administração da STCP, registou-se uma transferência de utentes da STCP para o metro mas, no conjunto, o transporte público ganhou passageiros. "Mas, aumentámos o número de clientes de títulos ocasionais e ajustámos a oferta à procura, conseguindo, assim, reduzir em 43% o trabalho extraordinário e prevendo, num triénio, diminuir em cinco milhões de euros os custos operacionais da empresa", referiu.
Oferta diminuiu
Rui Saraiva, administrador da STCP, relembrou as razões para implementar uma nova rede, entre as quais o início de funcionamento do metro, a diminuição de habitantes no Porto (menos 75 mil), o aumento da utilização do transporte privado, ajudado pela evolução da rede viária da Área Metropolitana do Porto, e o facto de a rede anterior remontar a meados do século passado.
"Uma nova rede era a única posição sustentável. Serve os mesmos (seis) concelhos, as mesmas freguesias (52), tem mais 29 paragens (2629) e mais quilómetros (504,4). O número de linhas diminuiu, compensado pela extensão da rede", sublinhou Rui Saraiva.
Sobre os "ajustamentos" introduzidos, Rui Saraiva revelou que "muitas das alterações já estavam previstas", reconhecendo que "há muito mais a fazer". "A rede não está estabilizada, pois a Área Metropolitana também não. Há uma Carta Educativa que introduz alterações no mapa das escola, uma Cidade Judiciária que se anuncia para o Porto, um novo hospital para Gaia. Temos de acompanhar este processo", referiu o administrador da STCP.
Em relação ao primeiro semestre do ano passado, a oferta da STCP reduziu-se, este ano, em 10%, no que é considerado um ajustamento à procura.
Reis Pinto / Joana Bourgard in Jornal de Notícias

quinta-feira, 26 de julho de 2007

PRIMEIRO DE JANEIRO – MOVIMENTO DE UTENTES DOS TRANSPORTES ACUSA GOVERNADORA CIVIL DE RESTRINGIR LIBERDADES

Movimento de Utentes dos Transportes acusa governadora civil de restringir liberdades.
Manifestações limitadas
O MUT-AMP considerou ontem que a governadora civil do Porto contrariou o direito constitucional de manifestação no protesto realizado na passada sexta-feira contra a eliminação da carreira 79 da STCP. Isabel Oneto afirma, porém, que se limitou a garantir a segurança.
O Movimento dos Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT-AMP) acusou ontem a governadora civil do distrito, Isabel Oneto, de pretender limitar burocraticamente o direito constitucional de manifestação. A PSP do Porto identificou, na última sexta-feira, a presidente da Associação de Comerciantes do Porto (ACP), o presidente da Junta de Freguesia de Paranhos, vários activistas do MUT-AMP e outros cidadãos que participavam numa manifestação não autorizada. O incidente ocorreu ao fim da tarde durante uma manifestação convocada pela ACP e pela Comissão de Moradores e Comerciantes da Zona de Costa Cabral (CMCZCC), com o apoio da Junta de Freguesia de Paranhos e do MUT-AMP, para protestar contra a eliminação da carreira 79 dos autocarros da STCP. O MUT-AMP referiu que os activistas identificados nessa ocasião pela PSP “já foram constituídos arguidos por promoverem manifestações visando a defesa dos direitos de cidadania, através do exercício do direito de reunião e manifestação”. “Pode estar a senhora governadora civil do Porto ciente que o MUT-AMP não desistirá, cumprindo sempre os preceitos constitucionais, de continuar a pugnar pela sua missão de defesa dos interesses e expectativas dos utentes” [dos transportes colectivos da AMP], afirma aquele movimento em comunicado ontem distribuído. No documento, o MUT-AMP invoca ainda o artigo 45.º da Constituição que garante o direito de reunião e manifestação a todos os cidadãos nacionais.
Na altura, a presidente da ACP, Laura Rodrigues, disse à Agência Lusa que a associação tinha enviado na segunda-feira um fax ao Governo Civil, tendo telefonado quarta-feira a confirmar, quando a secretaria daquele organismo oficial referiu nada ter recebido. “Repetimos o pedido, por sugestão da Secretaria do Governo Civil, mas ele acabou por ser indeferido por ter dado entrada já depois do prazo legal de 48 horas exigido para a autorização de manifestações públicas”, referiu. Laura Rodrigues decidiu, em conjunto com a CMCZCC, manter a manifestação, já que “há muitos precedentes em que foram autorizadas manifestações pedidas com menos de 48 horas de precedência”. Citou, além disso o Artigo 45.º da Constituição que garante a liberdade de manifestação pacífica, o que era o caso. “Lamento que para não autorizar esta manifestação o Governo Civil do Porto tenha recorrido a um decreto anterior à própria Constituição Portuguesa”, afirmou Laura Rodrigues
Garantir a segurança
O MUT-AMP tem vindo a liderar a contestação à chamada «Nova Rede» da STCP, implementada a 01 de Janeiro último, acusando a administração da concessionária dos transportes rodoviários urbanos do Porto de “insensibilidade social”, “arrogância” e “desprezo pelos utentes”. Contactada pela Lusa, a governadora civil do Porto, Isabel Oneto, afirmou ser “inadmissível que pessoas que defendem direitos sociais não se lembrem que as autoridades têm que garantir não só a segurança da própria manifestação, para que se realize em plena liberdade, mas também os direitos de todos os outros cidadãos, que podem vir a ser afectados pela manifestação”. “Temos que assegurar que há efectivos policiais para garantir a segurança dos manifestantes, para isso é que existe o prazo de 48 horas, pelo que se deixamos furar esse prazo, podemos vir a ser responsabilizados pela qualquer desgraça que aconteça na sequência de uma manifestação sem a segurança adequada”, frisou a governadora civil do Porto.

DIÁRIO DE NOTICIAS - SEGURANÇAS SUBSTITUEM POLÍCIA NOS TRANSPORTES

Os Cidadãos começam a agir com a força de justas reivindicações em toda a parte do País, senão vejámos na área do Grande Lisboa.
A criminalidade nos transportes públicos (TP) da área da Grande Lisboa parece ter estabilizado, mantendo-se os números de ocorrências registados nos últimos cinco anos, declaram ao DN os principais operadores. Consideram que tem aumentado a tendência para a prática de mais furtos e roubos - devido ao agravamento dos problemas sociais em geral, como o desemprego e o aumento do custo de vida, - e o número de ocorrências só não terá crescido devido ao investimento que têm feito na contratação de empresas de segurança privada.
Na zona de Lisboa, a situação mais crítica continua a verificar-se na linha ferroviária de Sintra, utilizada diariamente por cerca de 210 mil pessoas. No entanto, fonte da CP salienta ao DN que "em 2006 registaram-se menos 25% de ocorrências do que no ano anterior, no que se refere a furtos, roubos e agressões".
Embora não especifique quantos casos se registaram no eixo Sintra-Lisboa, a mesma fonte adianta que, "em média, há três situações destas por dia nas quatro linhas da CP/Lisboa".
"A maioria das estações e dos comboios já tem videovigilância e a CP contratou mais seguranças, o que terá contribuído para travar o aumento das ocorrências", salienta a mesma fonte.
Na linha de Sintra, "os períodos mais críticos são à noite, principalmente à sexta-feira e sábado, quando viajam nos comboios grandes grupos de jovens que vão para bares e discotecas", contou ao DN um agente da PSP que patrulha os comboios. Adiantou que "o número de furtos e assaltos aumenta entre o final e o início de cada mês, pois é quando as pessoas recebem os salários e há mais para roubar".
Por seu turno, Rui Ramos, porta-voz da Comissão de Utentes da Linha de Sintra, denuncia ao DN que "falta polícia ferroviária para um número tão elevado de utentes". Contesta o facto de, "a partir de certa hora, fecharem as bilheteiras e as estações ficarem vazias. As pessoas sentem-se sozinhas e inseguras e deixam de utilizar o comboio".
Em termos de criminalidade nos comboios da CP, verifica-se que no Verão a maioria das ocorrências deixa de se registar na linha de Sintra, atingindo também a linha de Cascais. Precisamente porque os grupos de delinquentes dos bairros degradados do concelho da Amadora passam a utilizar os comboios da linha de Cascais para irem à praia. E, durante a viagem, geram distúrbios e aproveitam a confusão para deitar a mão ao que for possível.
Eixo Norte-Sul mais pacífico
Nos comboios da Fertagus, que ligam Lisboa a Setúbal, "o número de furtos, assaltos e agressões não tem, de forma global, aumentado", garante fonte da empresa.
Segundo dados fornecidos ao DN pela transportadora, entre 2005 e 2006, o número de assaltos com ameaça aumentou de 13 para 18, as agressões a clientes e funcionários passaram de 11 para dez e os actos de vandalismo e distúrbios desceram de 61 para 39. Foram participados dez roubos em cada ano e as situações de apedrejamentos aos comboios reduziram de 75 para 21.
"Os principais problemas ocorrem essencialmente em dois períodos distintos: no final da hora de ponta da tarde (roubos e assaltos com ameaça) e nos primeiros comboios da manhã ao fim-de-semana (vandalismo e distúrbios em grupo)", refere a mesma fonte.
Salienta que "em 2007 houve um incremento de 30% no número de vigilantes, que aumentou para 60 agentes".
Para melhorar as condições de segurança nos TP, responsáveis da Fertagus defendem que "deveria haver uma melhor articulação entre todas as empresas envolvidas, assim como entre estas e as autoridades policiais".
Na sua opinião, "os problemas da segurança estão na maioria dos casos relacionados com questões de âmbito social, aos quais as forças policiais não dão uma resposta cabal". Acrescentam que, "para salvaguarda dos seus clientes, as empresas de transporte são obrigadas a recorrer a seguranças privados, substituindo-se ao Estado". Alertam que, "além do elevado custo que esta actividade representa para as empresas, não corresponde ao mesmo nível de autoridade das forças policiais".

DIÁRIO DE NOTICIAS – DENÚNCIAS TÊM VINDO A DIMINUIR

A criminalidade nos transportes públicos da área do Grande Porto parece ter ter estabilizado, segundo o Comando Metropolitano da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto. Embora não avance números concretos das denúncias registadas em 2006, a PSP refere que "não se tem verificado um evoluir no sentido negativo das denúncias que são efectuadas".
Para a Associação de Utentes dos Transportes Públicos do Porto, os principais problemas ao nível da rede de metropolitano do Porto situam-se nas estações secundárias, que "não têm o mesmo policiamento nem a mesma vigilância de seguranças que as outras estações", refere ao DN Norberto Alves, porta-voz da associação.
O período nocturno, sobretudo na Baixa do Porto, é um dos mais complicados, adianta aquele responsável. "A Baixa está deserta e, a partir das 22.00 quase não se vê ninguém na rua, nem sequer polícia", explica. Por isso, "a sensação de insegurança aumenta ainda mais, já que as pessoas, muitas vezes, estão na paragem do autocarro ou na estação do metro sozinhas, à espera de transporte", conta ainda.
Ao nível da rede da Sociedade de Transportes Públicos do Porto (STCP), Norberto Alves adianta que os principais problemas verificam-se em "algumas das zonas onde foram suprimidas linhas e que, por isso, obrigam a uma maior concentração de pessoas". Aglomeração que se torna mais apetecível "sobretudo para os carteiristas".
Em traços gerais, o porta-voz da associação aponta Campanhã (Porto) e Gatões (Vila Nova de Gaia), como algumas das zonas mais complicadas em termos de segurança. A estas juntam-se ainda a Baixa do Porto, no período nocturno, e alguns dos bairros da cidade, nomeadamente os de Aldoar e Aleixo.
No entender de Norberto Alves, uma das formas de melhorar a segurança na Baixa do Porto, à noite, seria a "criação uma política de incentivos que trouxesse as pessoas para esta zona da cidade". Aquele responsável recorda ainda que, "há alguns anos atrás, as pessoas vinham à Baixa, havia movimento. Hoje em dia, a partir das 22.00 está tudo deserto, não se vê ninguém na rua. Nem a polícia".

http://dn.sapo.pt/2007/07/26/cidades/denuncias_vindo_a_diminuir.html

Mais uma vez se comprova as justas reivindicações do MUT-AMP, que nunca e em qualquer momento deseja substituir a vontade e a palavra dos cidadãos, na luta por melhores condições de vida sendo o direito à Mobilidade cumprido com qualidade e segurança para todos.

terça-feira, 24 de julho de 2007

MUT-AMP VAI PROSSEGUIR AS SUAS ACÇÕES INDIFERENTE AOS CONSTRANGIMENTOS DOS INCUMPRIDORES DA LEI E DA CONSTITUIÇÃO



REUNIÃO COM O GRUPO PARLAMENTAR DO PCP

Hoje, pelas 19:30 fomos recebidos na Sede Regional do Porto do PCP - Avª da Boavista, pelo deputado Jorge Machado e por Belmiro Magalhães da Organização da Cidade do Porto.
Relatámos alguns aspectos do buraco da "Nova Rede" da STCP, da Metro do Porto e Transportes Privados.
Estas situações não eram novidade nenhuma para o Deputado Jorge Machado, muito menos do Responsável da Organização da Cidade do Porto.
Tendo o MUT-AMP sido informado que várias declarações foram apresentadas nas Assembleias Municipais, de Freguesia bem como na Assembleia da Republica com alguns reparos às declarações da Srª Secretária de Estado dos Transportes bem como ao Governo
O trabalho desenvolvido pelo MUT-AMP foi verdadeiramente valorizado, pela forte capacidade de envolver os cidadãos na participação e discussão do direito à mobilidade, com qualidade e com um custo socialmente suportável.
Na proxima 5ª Feira o MUT-AMP vai reunir com o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda na Sede do Distrito do Porto na Rua da Torrinha

domingo, 22 de julho de 2007

JORNAL DE NOTICIAS – CIDADÃOS GRITAM A UMA NOVA VOZ

Cidadãos gritam a uma nova voz


Caiu o cavaquismo ao som de um buzinão? Os cidadãos tornam as estradas mais seguras? Ganham-se em protestos de rua os autocarros perdidos e os apeadeiros desactivados? Mais do que responder a perguntas destas, gostaríamos de ver esclarecida outra dúvida, a de saber se o crescendo do número de movimentos de cidadania, facilmente inteligível, pode significar mudança de atitudes ou, até, maior permeabilidade do sistema político a protagonistas de origens alternativas. Há pistas, faltam certezas.

Tomemos o exemplo de Manuel João Ramos, antropólogo que ganhou visibilidade na Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M, ver peça na página 4), recentemente eleito vereador da Câmara de Lisboa. Ele mesmo nega haver uma relação causa-efeito, dizendo ter ido "a reboque" da notoriedade de Helena Roseta. Pela experiência, pensa que o sistema pouco mudará "Temo que os partidos não tenham aprendido nem aprendam com este acto eleitoral, prevalecendo a lógica dos 'jobs for the boys' e do jogo político interpartidário".

Não nos adientemos, concentrando-nos, para já, na natureza do fenómeno. Movidos pela proximidade dos problemas, os cidadãos agem por conta própria, criando, quase por tudo e por nada, "comissões de utentes", "associações de utilizadores" e toda a sorte de agrupamentos, mais ou menos espontâneos, mais ou menos organizados, amiúde sem enquadramento legal.

O sociólogo Alcides Monteiro, docente da Universidade da Beira Interior e investigador do associativismo, encara o fenómeno (pouco estudado e ausente das estatísticas) como um "mecanismo de substituição", que tem de ser encarado em relação com a "diminuição das filiações tradicionais, por exemplo em sindicatos ou em partidos". É nítido, porém, que é a circunstância de estes movimentos surgirem em torno de "causas concretas" que permite "uma identificação mais clara, rápida e pragmática" das pessoas.

A passagem de membros deste tipo de movimentos a outro tipo de associações, ou até partidos, não é, fenomenologicamente, uma surpresa. Como nota Alcides Monteiro, "o trânsito de umas para as outras sempre existiu" e, ainda, "quem participa nestas contestações acaba por alimentar o espírito crítico". Também não é novo o aproveitamento que pode ser feito por grupos políticos tradicionais. Historicamente, podemos referir a forma como o PCP se infiltrou em estruturas corporativas como os sindicatos nacionais, no estertor do Estado Novo, e o sociólogo lembra que "todas as organizações são sempre organizações de interesses", se bem que, para uma mesma causa, se assista à "mobilização de pessoas com as mais variadas pertenças".

Mas estará neste aparente crescendo de cidadania um alfobre das estruturas partidárias do futuro? José Pacheco Pereira, político marginal na medida em que se distancia discursivamente da unicidade partidária, viu a abstenção nas "intercalares" lisboetas como um alerta. "Não é só contra o Governo, é também contra o sistema político-partidário, mas é um voto de protesto. Claríssimo", escreveu, no blogue "Abrupto". Já Manuel João Ramos, o "outsider", não crê que os resultados das listas "independentes" signifiquem mudança "Há um esforço de adaptação dos partidos, no sentido de cooptar independentes e movimentos, mas há pouca cedência a uma maior participação".

As organizações cívicas, entende Manuel João Ramos, movem-se e mover-se-ão em águas profundas, pouco escrutinadas pelos jornalistas que fazem política "Os partidos alimentam-se da Comunicação Social, e a Comunicação Social alimenta-se dos partidos", diz, caracterizando os partidos como "fábricas de emprego" em que impera "total ausência de imaginação": "Todos têm uma cassete, até o Bloco de Esquerda. Os partidos foram armadilhados pela aceitação acrítica da ideia europeia".

Pedro Olavo Simoes / Pedro Correia - JN

http://jn.sapo.pt/2007/07/22/tema_de_domingo/cidadaos_gritam_a_nova_voz.html

PRÓXIMAS REUNIÕES DO MUT-AMP

O MUT-AMP, tem agendado para 2ª e 3ª feira, reuniões com os Grupos Parlamentares do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português, e para Setembro com o Grupo Parlamentar "Os Verdes".
Contámos reunir com os restantes Grupos Parlamentares que ainda não deram resposta ao nosso pedido de reunião, estas reuniões são necessárias pelo facto de que todos eles devem por principio estar junto daqueles que os elegeram para os cargos políticos que ocupam.
Estamos também disponíveis para reunir com os restantes Partidos Políticos e Movimentos Cívicos Independentes, porque entendemos que assim todos poderão ter uma melhor noção da realidade e da grave penalização aos utentes dos transportes da Área Metropolitana do Porto.
O nosso objectivo é envolver o maior numero de cidadãos nesta necessidade de devolver o serviço de transporte público de acordo com a realidade e necessidade dos cidadãos.
Estamos a discutir a qualidade de vida que foi retirada aos Utentes (Trabalhadores ou Desempregados, Comerciantes, Estudantes, Reformados, com Saúde ou não, todos e mais alguns, menos os Senhores Administradores da STCP que viram as suas remunerações aumentadas em Alta)
Por isso está na hora de tornar esta luta numa só voz e que se ouça bem alto a palavra dos cidadãos.
Queremos transportes públicos de qualidade!!!

sábado, 21 de julho de 2007

JORNAL DE NOTICIAS – CLIENTES E COMERCIANTES JUNTOS PELO REGRESSO DO 79

Clientes e comerciantes juntos pelo regresso do 79


Uma manifestação conjunta de comerciantes, clientes e moradores da Rua de Costa Cabral, no Porto, exigiu o regresso do autocarro 79, cuja alteração de percurso dizem estar a matar o comércio. A marcha, com início na Praça do Marquês do Pombal e fim no cruzamento com a Avenida dos Combatentes, foi acompanhada por três carros-patrulha e uma carrinha do Corpo de intervenção da PSP, que identificou alguns dos organizadores. Rotina que decorre da lei, segundo a Polícia. A organização diz que não é só isso."O Governo Civil disse que não recebeu o fax a pedir a autorização", contou a Associação de Comerciantes do Porto (ACP). A segunda via solicitada não terá cumprido o prazo. "A senhora governadora civil já tem autorizado manifestações com 14 horas de antecedência", revelou Laura Rodrigues, presidente da ACP. "O que está em causa é mais importante do que isso e se for constituída arguida, será por uma boa causa", disse.
Considerando que o protesto "não foi ilegal", prometeu nova manifestação, que será solicitada por carta registada e com oito dias de antecedência, para daqui a duas semanas. Uma proposta consagrada no manifesto aprovado pelas dezenas de manifestantes. O documento "repudia a alteração do percurso", feito pelo actual 204, e "exige à STCP a reposição da antiga linha 79", a que "melhor serve as necessidades dos utentes".Exigências que podem ter eco junto da STCP.
"Há abertura para resolver o problema da ligação de Álvaro Castelões ao Marquês", que iria recuperar uma parte do trajecto do 79, disse Luís Miguel Seabra. O presidente da Junta de Paranhos mostrou um fax que a directora da STCP enviou, ontem à tarde, a prometer uma avaliação da "nova rede", até ao fim do mês, quando concluir a avaliação semestral.
Um balanço em falta, segundo Carlos Pinto, do Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto. "Esta manifestação mostra que o descontentamento é elevado, maior que 20% de utentes insatisfeitos de que fala a STCP", disse. "O serviço público que está em causa", vincou.
"Querem é acabar com isto", protestou Joaquim Ferreira, ex-funcionário da STCP.
"Se fizerem uma estatística, percebem que o 79 é viável", acrescentou. Segundo Luís Almeida, da Comissão organizadora, já fecharam cinco estabelecimentos desde o fim do 79.
"Esta é a primeira de muitas manifestações, porque há muito a fazer em Costa Cabral", disse.

Augusto Correia / Pedro Correia - JN

http://jn.sapo.pt/2007/07/21/porto/clientes_e_comerciantes_juntos_pelo_.html

PRIMEIRO DE JANEIRO – COMERCIANTES DA RUA COSTA DE CABRAL REIVINDICAM A REPOSIÇÃO DO 79

Uma questão de bom senso
Autarca, padre, comerciantes e utentes manifestaram-se ontem em defesa do regresso da linha 79 à zona de Costa Cabral. Todos se queixam que a zona perderá vida com o fim da passagem daquela linha de transporte público.
David Furtado
Os comerciantes de Costa Cabral manifestaram-se ontem contra o fim da carreira 79. O protesto reuniu mais de uma centena de pessoas, o presidente da junta, o padre da igreja de Paranhos, e o Movimento de Utentes do Transportes Colectivos do Porto (MUT-AMP). Os comerciantes defendem a reposição da antiga carreira, num pequeno percurso de 700 metros, pela rua de Bolama, Costa Cabral, descendo a Constituição e virando para Faria Guimarães. Carlos Pinto, do MUT-AMP, comentou que a manifestação “veio na sequência de muitas que têm sido realizadas no Porto, em Gondomar e na Maia. O objectivo é sobretudo a reposição do 79, tendo em conta que a STCP cortou muitas carreiras nesta zona. Acusamos a STCP de estar a ‘matar’ o comércio tradicional e de não cumprir o dito serviço público e social”.Jaime Fernandes, da Comissão de Comerciantes da Rua Costa Cabral, trabalha no local há 52 anos. Na sua opinião, o grande problema é o facto de os comerciantes estarem a enfrentar “uma queda de negócio para cima de 50 por cento”. Já há lojas fechadasNas palavras do comerciante, “já há casas fechadas na rua, que não têm hipótese de sobreviver. Os empregados correm o risco de ir para a rua, ficando só os patrões”. Jaime Fernandes classifica a situação de “assustadora”. Os comerciantes afirmam que nunca mais tiveram o movimento de outrora. “É uma dor de alma: Uma das maiores freguesias do país está desertificada e envelhecida. E pior, as pessoas envelhecidas não têm hipótese de andar de Metro por falta de acessos”. Jaime Fernandes frisa que “há locais onde têm de andar quase um quilómetro para apanhar o Metro. E as estações não têm policiamento. Uma pessoa é assaltada, violada e roubada, e ninguém é responsável”. O padre José Alberto Magalhães, da Igreja de Paranhos, disse ao JANEIRO que nota “diferença no número de pessoas que frequenta a igreja. Sobretudo, os idosos, que não têm automóvel e, portanto, têm mais dificuldade”. Segundo o padre, “o mesmo se aplica à zona envolvente, como o bairro Leonardo Coimbra”.O presidente da junta de freguesia de Paranhos, Miguel Seabra revela que “a câmara já tem um projecto pronto - a duplicação da rua Dionísio Santos Silva. Assim, todos os autocarros terão acesso à igreja e ao cemitério. Para o alargamento se fazer, falta expropriar o morador de uma casa”. De acordo com Miguel Seabra, “a junta tem estado em diálogo permanente com a STCP acerca disto”.Questão de bom sensoO presidente recebeu ontem uma carta da administradora da STCP. Na carta, é referido que a STCP “irá comunicar os resultados da avaliação do desempenho da nova rede no primeiro semestre de 2007, agora em fase de conclusão”. “Portanto, antes do fim do mês, saberemos se a nossa reivindicação é aceite ou não”, adianta Miguel Seabra. “Estamos a falar do prolongamento de um quarteirão, englobando apenas mais duas paragens. Metade do trajecto é feito no corredor BUS, onde passavam anteriormente sete carreiras e hoje passam três. É muito fácil de resolver, e achamos estranho que, depois de ano e meio de reivindicações e reuniões sucessivas, a STCP ainda não tenha estudado esta pequena alteração”.Para Miguel Seabra, trata-se de “uma questão de bom senso”: “Estou convencido de que a administração da STCP não dará uma machadada final no comércio de Costa Cabral”. Os manifestantes partiram da Praça do Marquês, por Costa Cabral, (interrompendo o trânsito) rumo aos Combatentes, onde terminava o protesto. PSP identifica dirigentes da manifestação A presidente da Associação de Comerciantes do Porto (ACP) e o presidente da junta de Paranhos foram identificados pela PSP, por participarem numa “manifestação não autorizada”. O incidente ocorreu ao fim da tarde, durante o protesto convocado pela ACP e pela Comissão de Moradores e Comerciantes da Zona de Costa Cabral. A presidente da ACP, Laura Rodrigues, disse à Lusa que a associação enviou, segunda-feira passada, um fax ao Governo Civil. No entanto, a secretaria disse nada ter recebido. “Repetimos o pedido, por sugestão da secretaria, mas foi indeferido, já que deu entrada depois do prazo legal de 48 horas exigido para a autorização de manifestações públicas.” O protesto não foi desmarcado já que “há muitos precedentes em que foram autorizadas manifestações pedidas com menos de 48 horas de precedência”, explica Laura Rodrigues. A presidente da ACP citou o Artigo 45 da Constituição, que garante a liberdade de manifestação pacífica, o que era o caso: “Lamento que, para não autorizar este protesto, o Governo Civil tenha recorrido a um decreto anterior à própria Constituição”.

DE BLOG EM BLOG

Agradecemos a mais um Cidadão pela colocação no seu blog, um comunicado pela luta e defesa do direito à mobilidade.

http://vimaraperesporto.blogspot.com/2007/07/de-novo-os-stcp.html

sexta-feira, 20 de julho de 2007

DIÁRIO DIGITAL - PSP IDENTIFICOU DIRIGENTES DE MANIF CONTRA A STCP

A presidente da Associação de Comerciantes do Porto (ACP) e o presidente da Junta de Freguesia de Paranhos foram hoje identificados pela PSP do Porto por participarem numa manifestação não autorizada.
O incidente ocorreu ao fim da tarde durante uma manifestação convocada pela ACP e pela Comissão de Moradores e Comerciantes da Zona de Costa Cabral (CMCZCC), com o apoio da Junta de Freguesia de Paranhos, para protestar contra a eliminação da carreira 79 dos autocarros da STCP.
A presidente da ACP, Laura Rodrigues, disse à Lusa que a associação enviou segunda-feira um fax ao Governo Civil, tendo telefonado quarta-feira a confirmar, quando a secretaria daquele organismo oficial referiu nada ter recebido.
«Repetimos o pedido, por sugestão da Secretaria do Governo Civil, mas ele acabou por ser indeferido por ter dado entrada já depois do prazo legal de 48 horas exigido para a autorização de manifestações públicas», disse.
Laura Rodrigues decidiu, em conjunto com a CMCZCC, manter a manifestação, já que «há muitos precedentes em que foram autorizadas manifestações pedidas com menos de 48 horas de precedência».
Citou, além disso o Artigo 45º da Constituição, que garante a liberdade de manifestação pacífica, o que era o caso.
«Lamento que para não autorizar esta manifestação o Governo Civil do Porto tenha recorrido a um decreto anterior à própria Constituição Portuguesa», afirmou Laura Rodrigues.
Após concentração na Praça Marquês de Pombal, as cerca de três centenas de manifestantes percorreram a Rua de Costa Cabral, uma das mais movimentadas do Porto, até à zona dos Combatentes interrompendo hoje o trânsito naquela via que é uma das mais movimentadas da cidade.
O Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT-AMP) também apoiou esta manifestação.
Os comerciantes e moradores da zona de Costa Cabral, uma das principais zonas de comércio do Porto, afirmam-se prejudicados pela eliminação daquela linha de autocarros.
Sustentam que a eliminação, ocorrida no âmbito da reformulação da rede da STCP implementada a 1 de Janeiro último, terá contribuído para o encerramento de várias lojas daquela artéria, uma das maiores do Porto, com mais de três quilómetros de extensão.
O MUT-AMP tem vindo a liderar a contestação à chamada «Nova Rede» da STCP, acusando a administração da concessionária dos transportes rodoviários urbanos do Porto de «insensibilidade social», «arrogância» e «desprezo pelos utentes».
Diário Digital / Lusa
20-07-2007 20:20:35

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=287108

GUIÃO PARA REUNIÃO COM O PROVEDOR DO "UTENTE" STCP


quinta-feira, 19 de julho de 2007

JORNAL DE NOTICIAS – MANIFESTAÇÃO CONTRA A STCP AMANHÃ

A Comissão de Comerciantes, Clientes e Moradores da zona de Costa Cabral, no Porto, vai manifestar-se contra a STCP, amanhã, às 17 horas, na entrada da Rua de Costa Cabral (Jardim do Marquês). O objectivo é pressionar a STCP a repor o percurso do autocarro número 79.
Em comunicado aos órgãos de Comunicação Social, o Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT - AMP), afirma, que a STCP pretende acabar com o comércio naquela zona, justificando que, recentemente, já fecharam mais cinco estabelecimentos comerciais.
O MUT - AMP compreende e apoia o protesto da Comissão de Comerciantes, Clientes e Moradores da zona de Costa Cabral e acusa a STCP de se demitir das suas funções de prestação de serviço social. Isto porque não faculta transportes de qualidade de acordo com as necessidades reais dos utentes.
No comunicado consta, ainda, que o Conselho da Administração da STCP se comprometeu a divulgar o balanço da implantação da "nova rede", referente aos últimos seis meses, durante a primeira quinzena deste mês e ainda não o fez. É de referir que o prazo para a publicação desses resultados expira no final do corrente mês. O MUT - AMP acusa, por isso, a STCP de desrespeito pelos utentes, o que justifica as várias manifestações que vêm ocorrendo desde Janeiro, em Gondomar, na Baixa do Porto e na Maia, contra esta empresa.
O MUT - AMP apela à presença de todos os cidadãos na manifestação.
Teresa Afonso

PRIMEIRO DE JANEIRO – COMERCIANTES E MORADORES MANIFESTAM-SE

O Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto e a associação dos Comerciantes do Porto convocaram para dia 20 uma manifestação pela reposição do autocarro 79, o actual 204. Segundo os comunicados enviados à redacção de O PRIMEIRO DE JANEIRO, o comércio da zona “pode morrer” se se deixar desta linha. “A zona de Costa Cabral não prescinde deste percurso” e “os STCP estão a acabar com o comércio nesta zona”, escrevem os utentes. Por sua vez, a associação liderada por Laura Rodrigues explica que a manifestação foi decidida após uma resposta negativa da STCP às perguntas que surgiram numa reunião no pavilhão do clube Académico no sentido de informar sobre se havia intenção de repor o percurso daquele autocarro. Como a resposta foi negativa, foi pedida ao Governo civil a autorização para a manifestação.

OS CIDADÃOS ESTÃO A FAZER-SE OUVIR

O MUT-AMP recebeu mais um cartaz de mobilização e sensibilização para a participação em mais uma justa manifestação.

Anexamos o Cartaz recebido para a sua divulgação.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

quinta-feira, 12 de julho de 2007

II EXPOSIÇÃO COLECTIVA DE FOTOGRAFIA


Núcleo de Fotografia
Grupo Dramático e Musical Flor de Infesta
Rua Padre Costa, 118
4465 S. Mamede Infesta


Nota à Comunicação Social


Criado há cerca de 3 anos, o Núcleo de Fotografia do Flor de Infesta conta na sua breve existência com diversas exposições fotográficas dentro e fora das portas do "Flor". Animado pela carolice dos seus membros, este pequeno grupo mostra-se dinâmico como se advinha pela sua aposta de organizar pelo menos uma exposição fotográfica anualmente. No próximo dia 14 de Julho, pelas 18h será inaugurada a exposição VAZIOS DA INDÚSTRIA. Trata-se duma Mostra Colectiva de quase todos os elementos que integram o núcleo. A exposição aborda a temática da falência do modelo industrial que durante tantas gerações prevaleceu. Para melhor compreender as motivações que presidiram à escolha deste tema, junto transcrevemos o texto de apresentação da exposição.

«VAZIO DA INDÚSTRIA

Em pleno século da informação onde tudo gira sob a batuta dos "bits e bytes", temos a tentação de esquecer que a Revolução Industrial existiu e perdurou durante dezenas de anos. Embora a uma escala muito mais pequena, também Portugal teve um período de industrialização que se generalizou um pouco por todo o país. Fábricas, muitas fábricas, umas grandes, outras pequenas, cheias de vida, de máquinas infernais, de operários sujos e magros. Tal como as catedrais no seu tempo, uma nova fábrica erguida marcava o triunfo do progresso, sinal inquestionável de modernidade e quase do sagrado através das prodigiosas máquinas que habitavam aquelas instalações.

A revolução industrial acabou. Jazem como carcaças, resquícios dos hinos e símbolos do progresso. Não são só as árvores que morrem de pé. Paredes que outrora abrigavam exércitos de obreiros e máquinas incompreensíveis para o comum dos mortais, servem hoje de tela de fundo a "grafittis", cicatrizes de vandalismo que nunca irão sarar. Apesar de tudo estão de pé, resistindo ao tempo, vingança, quiçá, por não terem resistido à mudança.

A exposição fotografica que organizámos não é documental, deliberadamente não identificámos os lugares que fotografámos mas sim os objectos, filhos dessa Revolução que já há muito findou. Tentamos encontrar alguma beleza nesse "locus horribilis" que são as instalações industriais abandonadas, enjeitadas e que são embaraços dos tempos modernos. Do mesmo modo, não fotografámos pessoas, só os espaços, vazios, dolorosamente privados de vida, de pessoas. No pós-revolução, as pessoas deixaram de produzir, de existir.Bem vindos à exposição dos tempos modernos, colecção de fotografias inconjuntas dum passado que se tornou futuro, dum vazio que ninguém se importa em preencher.»

Com os nossos cumprimentos,

P'lo Núcleo de Fotografia do Flor de Infesta
Luciana Santos
Sónia Gomes

Contactos:
Luciana Santos - 22 616 300 / 1 - email: lucianaporto@yahoo.com
Sónia Gomes - 22 960 30 17 - email: Zia@kiquezas.net

DIÁRIO DE COIMBRA -BUZINÃO EM DEFESA DE SERVIÇOS PÚBLICOS - 6ª FEIRA, 13 DE JULHO EM COIMBRA

Buzinão em defesa de serviços públicos (6ª Feira, 13 de Julho)
Para além da população, são convidados a aderir ao buzinão, marcado para amanhã em Coimbra, os autarcas do distrito que de alguma maneira têm vindo a contestar o encerramento de serviços públicos
«Temos a certeza que há um enorme descontentamento que tem vindo a crescer em relação a tudo o que são encerramentos de serviços públicos». Por isso, e sabendo que estes encerramentos significam para as populações «uma perda enorme de qualidade de vida», está marcado um buzinão para amanhã, em Coimbra. A iniciativa é do Movimentos de Utentes dos Serviços Públicos do Distrito de Coimbra, Movimento Nascer na Figueira, Comissão de Utentes do Hospital Pediátrico, Movimento dos Utentes da Saúde e Comissão de Utentes da Saúde de Penacova.
Num encontro realizado ontem na esplanada do Café Santa Cruz, na Praça 8 de Maio, representantes daqueles movimentos anunciaram que a concentração da caravana automóvel far-se-á amanhã, às 18h00, na rotunda da Fucoli, junto ao Restaurante Porquinho. A caravana segue depois em direcção aos Hospitais da Universidade de Coimbra, Cruz de Celas, Praça da República, Avenida Sá da Bandeira, Rua da Sofia, Avenida Fernão de Magalhães, Portagem e termina o seu percurso ao fundo do Parque da Cidade. Francisco Queirós, da Comissão de Utentes do Hospital Pediátrico de Coimbra, disse que se trata de uma «manifestação pública contra a política de encerramentos dos serviços públicos».
Por sua vez, Silvina Queiróz, do Movimento Nascer na Figueira, explicou que a ideia do protesto «foi dar ainda alguma chama ao descontentamento generalizado dos cidadãos», atendendo a que devido à aproximação das férias as pessoas acabam por ficar mais desmobilizadas.
Silvina Queiróz sublinhou que muitos serviços públicos estão a encerrar e outros transferidos, com perdas de valências para as populações.
Entretanto, elementos dos movimentos distribuiram ontem de manhã na Baixa de Coimbra convites à população, sensibilizando para a adesão à iniciativa.


José João Ribeiro

http://www.diariocoimbra.pt/16160.htm

CARTA AO PROVEDOR DO "UTENTE" DA STCP


quarta-feira, 11 de julho de 2007

INTERPELAÇÃO DO BLOCO DE ESQUERDA AO GOVERNO SOBRE O SECTOR DOS TRANSPORTES



O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda

levou a discussão dos transportes à

Assembleia da Republica.

A discussão deste assunto nunca é demais, sendo bem acolhida e valorizada pelo Movimento dos Utentes dos Transportes da AMP.

Agradecemos o trabalho realizado, esperando contar com o vosso apoio e participação nas nossas proximas iniciativas.

sábado, 7 de julho de 2007

PRIMEIRO DE JANEIRO – MUT-AMP RECLAMA A ENTRADA EM FUNCIONAMENTO DA AUTORIDADE METROPOLITANA DE TRANSPORTES

Utentes novamente em protesto
Uma carta reivindicativa do Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto defende a, prorrogada, entrada em funcionamento da Entidade Metropolitana dos Transportes.
Apenas um dos pontos da missiva a que a STCP começa a responder.

David Furtado - Primeiro de Janeiro



O Movimento de Utentes da Área Metropolitana do Porto (MUT-AMP) distribuiu no passado dia 1 uma carta reivindicativa em que defende a entrada em funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes. Um dos pontos da carta reivindicativa é a “reformulação do zonamento e implementação de zonas territoriais no modelo de ‘coroas’”. Contactado pelo JANEIRO, André Dias, do MUT-AMP, afirma que “este sistema é semelhante ao de Lisboa. Teríamos menos zonas, que seriam mais alargadas”. O representante do Movimento lembra as confusões dos “utentes que pensam estar a viajar em zona 2, mas que estão em zona 3. Nestes casos, é chamada a autoridade para identificar as pessoas, e é uma situação que tem acontecido com frequência”. O Movimento defende uma divisão em zonas que seja “mais simples e mais compreensível”. André Dias lembra também os problemas com os títulos de viagem, e “as informações incorrectas prestadas aos utentes nas ‘pay-shops’. As pessoas dirigem-se a um café, por exemplo, para carregar o título de viagem, e não lhes é dada a informação correcta”. De acordo com o porta-voz, “20 por cento de pessoas já foram ‘enganadas’ inadvertidamente”. André Dias refere que, “nos postos de atendimento, as pessoas não são formadas para esse fim. Deparam-se com muitas reclamações e sabem que a tarefa mexe com a vida dos utentes”. O representante do Movimento diz que, por culpa deste factor, “os trabalhadores se revezam bastante, o que não ajuda nada”. Na carta reivindicativa, o Movimento defende também a criação de “um tarifário único e socialmente suportável para o Metro, STCP e CP”. O MUT-AMP reivindica a “frequência mínima de um transporte por hora, no período nocturno e aos sábados, domingos e feriados, sendo esta reajustada às necessidades dos utentes”. Outro factor exigido pelo Movimento “é o aumento da velocidade comercial das viaturas e a sua pontualidade”. O documento reclama também “a oferta de percursos directos entre o centro do Porto e os concelhos servidos de transportes públicos”.

Falta de higiene

Outro dos pontos da carta reivindicativa exige a “limpeza, higiene e desinfecção de viaturas e estações”. Segundo André Dias, “antigamente, os veículos eram lavados nos centros de recolha. Hoje, isso já não acontece, exceptuando com as viaturas novas. As mais antigas estão sujas e, no Verão, ganham cheiros. Mas não podemos culpar os utentes. Conheço casos de pessoas com problemas de incontinência que sujam inadvertidamente o assento, e este não é limpo”. O porta-voz afirma que há “outros casos de falta de higiene nos veículos, o que pode até tornar-se num perigo para a saúde pública”.

A bilhética continua a ser criticada pelo MUT-AMP: “As pessoas não sabem quantas viagens têm disponíveis, a dado momento. E achamos que não devem ser obrigadas a pagar o cartão. Aliás, a lei nem prevê que o utente seja obrigado a pagar cinco euros pelo passe e 50 cêntimos pelo título”, refere André Dias. Números da STCP não são fiáveis
Mas a questão fulcral, para o MUT-AMP, é a entrada em funcionamento da Autoridade Metropolitana dos Transportes (AMT). “O Movimento não quer decidir nada. A AMT é que tem essa responsabilidade. Trata-se de uma decisão do Governo, já tomada, e queremos que seja posta em prática”. O Movimento reclama o cumprimento da legislação nacional e comunitária sobre os utentes portadores de deficiências motoras, auditivas e de visão. Nesta matéria, os números recentemente divulgados pela STCP, revelando que a maior parte da frota tem condições de acessibilidade para deficientes, não são fiáveis. “Comparando com a Europa, achamos que os números não são reais”, diz André Dias. “Pensamos que a STCP terá feito uma média do valor da Europa”. O porta-voz acrescenta que há países com mais de 85 por cento e outros com menos de 15 por cento de viaturas com tais acessibilidades. Mas congratulamo-nos com o aumento do número de veículos”.
Novo Protesto
O MUT-AMP chama a atenção para o problema do Hospital da Prelada: “O hospital ficou sem o acesso da STCP, que levava os utentes ao próprio edifício, o que já não acontece. Falamos de pessoas com canadianas, que têm de percorrer uma distância de cerca de 100 metros. Para estes utentes, não é fácil”, diz André Dias. A 20 de Julho, está marcado um novo protesto, às 17h, na Rua Costa Cabral. Trata-se de uma concentração que pede a reposição do percurso do antigo 79 (actual 204). André Dias referiu ao JANEIRO que será “uma concentração espontânea de utentes, comerciantes e moradores, com a qual o MUT-AMP está solidário”.
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RESPOSTA STCP refuta críticas

Em declarações ao JANEIRO, Rui Saraiva preferiu não comentar mais esta reivindicação da MUT-AMP. “Estamos preocupados com as pessoas e não com as primeiras páginas”. O administrador da STCP revela que “nos últimos seis meses, a empresa preparou a nova rede de acesso fácil, que será apresentada na segunda quinzena de Julho. Nessa altura, vamos apresentar alguns números”. O administrador realça que a STCP realizou “um estudo com o Provedor do Cidadão com Deficiência e a Acapo”. Juntamente com a ARS, a STCP irá também “articular e a divulgar a nova rede”. “O Movimento de Utentes da Maia tem feito uma pressão positiva”, considera Rui Saraiva. “Tem-nos alertado para diversos problemas e exposto preocupações. Temos também confrontado posições”, sublinha o administrador.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

CONVITE PARA DEBATE – SECTORES PÚBLICOS ESTRATÉGICOS



Convidados pela Direcção da Organização Regional do Porto do Partido Comunista Português, para a participação e intervenção no referido debate.
O MUT-AMP convida todos os elementos a participarem e tornarem este debate participativo com a exposição das alterações ocorridas no sector dos transportes e suas consequências.
Os Representantes dos Movimentos Locais devem prepararem uma pequena intervenção para no caso de o tempo disponível assim o permitir, tornar o debate mais rico e participativo, com a intervenção de todos.

Porque estamos convictos de que é necessário este assunto ser discutido por todos e envolver o maior numero de cidadãos nestes debates, tornando a vida de todos mais participativa nas acções cívicas.
A nossa participação neste debate foi aceite, como será aceite com qualquer outro Partido Politico, Movimentos, Associações ou Entidades envolvidas neste sector.

Participe e traga o seu amigo, vizinho ou familiar.

Os nossos melhores cumprimentos
MUT-AMP

quarta-feira, 4 de julho de 2007

SIMPLEX OU PRECARIEDADE – REALIDADE DAS REALIDADES

Um utente à uns dias atrás enviou-nos uma carta descrevendo 24 hrs nos serviços administrativos da STCP / Metro do Porto.
Vejamos o que se sucedeu:



domingo, 1 de julho de 2007

CARTA REIVINDICATIVA DOS UTENTES DOS TRANSPORTES DA AMP

Passado os 6 meses da implementação da "Nova Rede" da STCP, continuamos a estar convictos de que muito está por fazer, assim apresentamos públicamente a Carta Reivindicativa dos Utentes dos Transportes da AMP.