sábado, 28 de julho de 2007

JORNAL DE NOTICIAS - NOVA REDE DA STCP "MEXEU" COM 26 PERCURSOS E 16 HORÁRIOS

A STCP registou, no primeiro semestre deste ano, cerca de 55 milhões de validações, com a procura mensal média a atingir as 9,2 milhões de validações. No balanço do primeiro semestre da nova rede, a empresa sublinhou, ontem, que o impacto negativo do metro foi de 15%, contra os esperados 30%. Reconhecendo que os dois primeiros meses foram "difíceis", a STCP revelou que efectuou 26 alterações parciais de percursos e "mexeu" em 16 horários.
Após a apresentação do balanço do primeiro semestre e da análise da Rede de Acesso Fácil, a presidente do Conselho de Administração da empresa, Fernanda Meneses, recordou que "os dois primeiros meses foram especialmente difíceis", pois foram "muitas mudanças ao mesmo tempo".
Perturbações
Fernanda Meneses reconheceu que a nova rede "causou algumas perturbações nos clientes" e que, a partir do segundo mês, começaram a fazer "ajustamentos".
"O que está actualmente em discussão tem a ver com reivindicações antigas, mesmo antes da entrada em funcionamento da nova rede, e respeitante a percursos fora do Porto. Mas aí há problemas com as concessões de carreiras a privados. No Porto, estamos a estudar as ligações da Rua de Álvaro Castelões à Rua de Costa Cabral", referiu.
Numa análise mais global da presidente do Conselho de Administração da STCP, registou-se uma transferência de utentes da STCP para o metro mas, no conjunto, o transporte público ganhou passageiros. "Mas, aumentámos o número de clientes de títulos ocasionais e ajustámos a oferta à procura, conseguindo, assim, reduzir em 43% o trabalho extraordinário e prevendo, num triénio, diminuir em cinco milhões de euros os custos operacionais da empresa", referiu.
Oferta diminuiu
Rui Saraiva, administrador da STCP, relembrou as razões para implementar uma nova rede, entre as quais o início de funcionamento do metro, a diminuição de habitantes no Porto (menos 75 mil), o aumento da utilização do transporte privado, ajudado pela evolução da rede viária da Área Metropolitana do Porto, e o facto de a rede anterior remontar a meados do século passado.
"Uma nova rede era a única posição sustentável. Serve os mesmos (seis) concelhos, as mesmas freguesias (52), tem mais 29 paragens (2629) e mais quilómetros (504,4). O número de linhas diminuiu, compensado pela extensão da rede", sublinhou Rui Saraiva.
Sobre os "ajustamentos" introduzidos, Rui Saraiva revelou que "muitas das alterações já estavam previstas", reconhecendo que "há muito mais a fazer". "A rede não está estabilizada, pois a Área Metropolitana também não. Há uma Carta Educativa que introduz alterações no mapa das escola, uma Cidade Judiciária que se anuncia para o Porto, um novo hospital para Gaia. Temos de acompanhar este processo", referiu o administrador da STCP.
Em relação ao primeiro semestre do ano passado, a oferta da STCP reduziu-se, este ano, em 10%, no que é considerado um ajustamento à procura.
Reis Pinto / Joana Bourgard in Jornal de Notícias

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