sexta-feira, 20 de julho de 2007

DIÁRIO DIGITAL - PSP IDENTIFICOU DIRIGENTES DE MANIF CONTRA A STCP

A presidente da Associação de Comerciantes do Porto (ACP) e o presidente da Junta de Freguesia de Paranhos foram hoje identificados pela PSP do Porto por participarem numa manifestação não autorizada.
O incidente ocorreu ao fim da tarde durante uma manifestação convocada pela ACP e pela Comissão de Moradores e Comerciantes da Zona de Costa Cabral (CMCZCC), com o apoio da Junta de Freguesia de Paranhos, para protestar contra a eliminação da carreira 79 dos autocarros da STCP.
A presidente da ACP, Laura Rodrigues, disse à Lusa que a associação enviou segunda-feira um fax ao Governo Civil, tendo telefonado quarta-feira a confirmar, quando a secretaria daquele organismo oficial referiu nada ter recebido.
«Repetimos o pedido, por sugestão da Secretaria do Governo Civil, mas ele acabou por ser indeferido por ter dado entrada já depois do prazo legal de 48 horas exigido para a autorização de manifestações públicas», disse.
Laura Rodrigues decidiu, em conjunto com a CMCZCC, manter a manifestação, já que «há muitos precedentes em que foram autorizadas manifestações pedidas com menos de 48 horas de precedência».
Citou, além disso o Artigo 45º da Constituição, que garante a liberdade de manifestação pacífica, o que era o caso.
«Lamento que para não autorizar esta manifestação o Governo Civil do Porto tenha recorrido a um decreto anterior à própria Constituição Portuguesa», afirmou Laura Rodrigues.
Após concentração na Praça Marquês de Pombal, as cerca de três centenas de manifestantes percorreram a Rua de Costa Cabral, uma das mais movimentadas do Porto, até à zona dos Combatentes interrompendo hoje o trânsito naquela via que é uma das mais movimentadas da cidade.
O Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT-AMP) também apoiou esta manifestação.
Os comerciantes e moradores da zona de Costa Cabral, uma das principais zonas de comércio do Porto, afirmam-se prejudicados pela eliminação daquela linha de autocarros.
Sustentam que a eliminação, ocorrida no âmbito da reformulação da rede da STCP implementada a 1 de Janeiro último, terá contribuído para o encerramento de várias lojas daquela artéria, uma das maiores do Porto, com mais de três quilómetros de extensão.
O MUT-AMP tem vindo a liderar a contestação à chamada «Nova Rede» da STCP, acusando a administração da concessionária dos transportes rodoviários urbanos do Porto de «insensibilidade social», «arrogância» e «desprezo pelos utentes».
Diário Digital / Lusa
20-07-2007 20:20:35

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=287108

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