sábado, 12 de maio de 2007

DIÁRIO DIGITAL – CARRIS E STCP REDUZEM CUSTOS DE OPERAÇÃO

A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, anunciou hoje uma redução nos custos operacionais da Carris e da STCP, até 2008, de 18,9 milhões de euros e 3,3 milhões de euros, respectivamente.

«Até 2008 e apesar da evolução recente do preço dos combustíveis, verificar-se- á uma contenção dos custos operacionais em ambas as empresas, com a Carris a reduzir, entre 2006 e 2008, 18,9 milhões de euros e a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) a reduzir 3,3 milhões de euros, em igual período», anunciou Ana Paula Vitorino durante a cerimónia de apresentação dos objectivos e assinatura dos contratos de gestão com as Administrações Portuárias, STCP e Carris.
Em 2008, os custos operacionais por passageiro serão de 66 cêntimos para a Carris e 70 cêntimos para a STCP.

De acordo com os objectivos económico- financeiros traçados para 2007 e 2008, até ao final do próximo ano, «a Carris reforçará o seu volume de negócios para 84,4 milhões de euros, enquanto a STCP inverterá o ciclo de contracção entretanto acelerado pela entrada em operação do Metro do Porto, atingindo um volume de negócios de 50,5 milhões de euros em 2008».

Quanto à evolução da margem do EBITDAR, até 2008, a STCP deverá atingir os - 35,2%, enquanto a Carris deverá atingir uma margem de EBITDA de -50,1%, 27,5 pontos percentuais menos negativa do que em 2006.

No que concerne à rentabilidade média da STCP e da Carris, até 2008, a STCP deverá corrigir o chamado efeito «Metro do Porto», melhorando 7,9 pontos percentuais face a 2006, enquanto na Carris este indicador deverá registar uma redução de 8,5% relativamente a 2006.

Os objectivos prevêem também uma aposta da integração das redes a Carris e a STCP com os restantes operadores de transportes, «em particular com o Metropolitano de Lisboa e com o Metro do Porto, visando o aumento do peso dos títulos intermodais, sobretudo na STCP».

Paralelamente, ambas as empresas apostarão «na renovação das frotas, em tecnologias mais limpas e na implementação de práticas de eco- condução, com reflexo na redução significativa da emissão de gases e partículas poluentes».

Na ocasião, a secretária de Estado dos Transportes disse que, em Setembro, o ministério das Obras Públicas avançará com a elaboração de contratos de gestão com a Rave, a Transtejo e a Metro Mondego.

Na sua intervenção, o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças salientou o reforço do controlo no financiamento das empresas, informando que será exigida às empresas uma autorização prévia para endividamento, no caso da dívida ultrapassar os 30 por cento do capital da empresa.

Carlos Pina, disse que será também exigido um «maior controlo na tomada de participação das empresas públicas noutras sociedades», bem como uma «maior disciplina ao nível dos planos de investimento».

Por seu turno, o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, disse que os índices de qualidade da STCP e da Carris «deverão crescer, para o conjunto de 2007 e 2008, 6,7% e 7%, respectivamente, bem como os objectivos de sustentabilidade ambiental e energética das empresas, que se traduzem numa meta de diminuição de emissão de poluentes de 2,2% na Carris e 4,2% na STCP, no período 2007/2008».

Mário Lino destacou também os custos operacionais das duas empresas, que «deverão descer, já em 2007, 6,1% na Carris (de 168,4 para 158 milhões de euros) e 3,4% na STCP (de 84,5 para 81,6 milhões de euros)».

Em 2006, a Carris e a STCP transportaram, nos seus 1.340 autocarros e eléctricos, 425 milhões de passageiros, distribuídos por cerca de 6,3 milhões de lugares por quilómetros e 186 carreiras que cobrem uma extensão total de mais de 1.100 quilómetros.

Diário Digital / Lusa

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