sexta-feira, 22 de junho de 2007

PRIMEIRO DE JANEIRO – REUNIÃO DO MUT-AMP COM A GOVERNADORA CIVIL DO PORTO

Associação de utentes esteve com Isabel Oneto
Transportes: Governo Civil como mediador
A reunião entre o Movimento de Utentes da STCP e a Governadora Civil do distrito, Isabel Oneto, trouxe uma nova esperança para os utentes descontentes com a nova reestruturação.
A Governadora promete ser uma mediadora entre o movimento e a STCP.
José Sá Reis in Primeiro de Janeiro - 22-06-2007
Foram enviadas quatro cartas pelo Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT - AMP) antes de se efectivar o encontro pretendido – e concretizado ontem, ao início da tarde: a 19 de Janeiro, 21 de Abril, data que fora aceite pelo Governo Civil do Porto, mas cuja agenda não permitira aos membros do MUT - AMP tal reunião, a 11 de Maio e (a última) 14 de Junho. O assunto era comum a todas elas: “A nova rede do Serviço de Transportes Colectivos do Porto (STCP) de 1 de Janeiro de 2007” - data da entrada em vigor da reestruturação das linhas urbanas de autocarros. Seis meses depois, o “drama” mantém-se. Segundo o MUT - AMP, nada ainda foi feito “de relevante” - “apenas uma ou outra reestruturação pontual, como a registada em Rio Tinto, por exemplo”. Mas nada mais. Um “período temporal” que, segundo o movimento, “não se justifica, já que os utentes têm mostrado insistentemente o seu descontentamento através de manifestações e abaixos - assinados” levados à Administração da STCP.
Semana para pensar
A reunião de ontem juntou à mesma mesa a Governadora Civil do Porto, Isabel Oneto, e três representantes do MUT - AMP. Do encontro, um “primeiro passo” para a resolução do problema: “O Governo Civil do Porto mostrou-se disponível - na figura da responsável Isabel Oneto - para servir de mediadora neste processo”. Uma mediação que só avança, segundo André Dias, elemento ouvido pelo JANEIRO no final da reunião, se “o movimento apresentar os problemas concretos das novas linhas apresentadas”. Uma competência que não cabe ao MUT - AMP, mas “à STCP, que já deveria ter feito este estudo e apresentado aos orgãos competentes”.Para além da supressão de algumas linhas ou troços de linhas essenciais, o Movimento mostra-se contra “o tarifário que é pago, o novo sistema de bilhética utilizado – os cartões electrónicos – e contra as paragens construídas, que não protegem os utentes do frio e da chuva”. Mas, por agora, e durante a semana que a Governadora lhes deu para redigirem as “medidas concretas”, o MUT - AMP promete “reunir para melhor reflectir sobre esta proposta”.
A saber
Viagens abusivas
André Dias e José Carvalho, do MUT - AMP, acusam ainda “algumas companhias de transportes de passageiros” de utilização abusiva das paragens e lugares de estacionamento da cidade do Porto. “Temos conhecimento que algumas companhias concelhias, como a Resende ou a Maia Transportes, fazem serviços dentro do Grande Porto, com veículos mais poluentes e com a alegada negligência da STCP”.
Mas, que nem tudo são espinhos neste assunto, o MUT - AMP destaca “a excelente iniciativa da STCP na introdução dos veículos a gás natural”, mais amigos do ambiente e “com carácter formativo junto dos seus utilizadores”, frisa Dias.

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