quarta-feira, 12 de setembro de 2007

PRIMEIRO DE JANEIRO – GREVE A CURTO PRAZO NA STCP

A realização de um plenário de trabalhadores no Porto parou os autocarros da STCP, durante a manhã de ontem. Promovido por entidades sindicais dos transportes, o plenário visou contestar as alterações ao Acordo de Empresa por parte da administração da STCP.
Victor Melo


Não houve autocarros da STCP nas estradas do Porto, durante a manhã de ontem. Quem estava habituado a este transporte rodoviário, teve de encontrar alternativas, no período entre as 8h00 e as 12h30, devido à realização de um plenário geral de trabalhadores.
“Uma paralisação rodoviária forçada pela STCP”, acusa Antero Alves, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), na medida que “a administração da empresa negou aos trabalhadores a possibilidade de realizar um plenário, devidamente prevista no código de trabalho”.
Na génese da reunião, segundo o dirigente sindical, esteve a alteração ao Acordo de Empresa (AE), proposta pela administração da STCP, que engloba diversas matérias divergentes, como “cláusulas de vigência, local de trabalho, horário nocturno, banco de horas ou intervalo entre etapas”, este último ponto frisado por Antero Alves: “No acordo actual temos o mínimo de uma hora e o máximo de duas horas, a empresa pretende o mínimo de 30 minutos e o máximo de cinco horas e meia”.
São também sinais de preocupação o corte de direitos aos trabalhadores vindouros, assistência na doença e acidentes de trabalho, atribuição de descansos ao domingo, detalhes e escalas para os motoristas mais novos, “bem como pequenas alterações a uma série de outras cláusulas, estas consideradas pontuais”, conclui o dirigente sindical.
Já Manuel Alves, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN), considera fundamental que o conselho administrativo da empresa altere a sua posição onde, a seu ver, predomina a “falta de vontade negocial, postura impositiva, não reconhecimento de direitos e violação do actual AE”.
O dirigente sindical informa que em breve será proposta uma reunião com o conselho de administração da STCP. Caso não se verifique abertura para o diálogo e consideração pelos pontos que o sindicato considera pertinentes, Manuel Alves informa que há um conjunto de medidas que poderão ser postas em prática. Uma delas está já definida: “Período de greve a curto prazo”.


http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=32d70ef31f9d796f0d7bdf5c21d02030

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