quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

JORNALISMO PORTO NET – CENTENAS PARALISAM ALIADOS CONTRA MUDANÇAS NA REDE DA STCP

Utentes prometem novos protestos se a actual rede não for suspensa até à entrada em funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes.
Centenas de pessoas forçaram o corte do trânsito em quase toda a Avenida dos Aliados num novo protesto para exigir a suspensão a nova rede da STCP. Três autocarros foram impedidos de circular nos semáforos junto ao edifício da Caixa Geral de Depósitos por muitos populares, que gritavam e empunhavam cartazes contra a diminuição da frequência e do número de autocarros.
A manifestação começou às 17h e terminou pelas 18h30, com os representantes do Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (MUT-AMP) a dirigirem-se à sede da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto para uma reunião com a administração.
A agência Lusa conta que houve também outros protestos em diferentes pontos da zona da Pasteleira, com 100 pessoas a bloquear a passagem de quatro autocarros.
Nos Aliados, o protesto chegou a sair do controlo da polícia durante alguns minutos, logo no início da acção. Dezenas de pessoas ocuparam uma das vias da avenida, dificultando a passagem dos carros.
"Novas manifestações"
Apesar da empresa admitir "eventuais alterações" na rede, que entrou em funcionamento a 1 de Janeiro, Norberto Alves, da direcção do movimento, anunciou "novas manifestações" se a anterior configuração das linhas e horários não for resposta.
Também Carlos Pinto afirmou ao JPN partir para a reunião com a STCP "sem grandes esperanças". "Há que ouvir primeiro a rua. Os utilizadores não são clientes", defendeu o membro do MUT-AMP.
Para Norberto Alves, a mudança na rede foi feita "à pressa" e devia ter esperado pela entrada em funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes da região. "Se não, não faz sentido esse organismo entrar em funções", apontou, apelando à empresa e ao Governo que dialoguem com os utentes.
O reforço do número de autocarros em quatro linhas (600, 905, 402 e 305) em que se registaram situações de falta de capacidade é apenas um "processo cosmético", criticou.
Entre os muitos idosos presentes na manifestação, António Bessa, 67 anos, morador no Carvalhido, disse estar "totalmente" solidário com o protesto. "As pessoas estão perturbadas e o resultado é este", observou ao JPN.
Leonor Poças, 35 anos, queixou-se de demorar duas horas e apanhar dois autocarros para fazer o percurso entre casa, na Maia, e o trabalho, em Gaia. Com a rede anterior, demorava metade do tempo e apanhava apenas um autocarro.

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